sábado, 25 de setembro de 2010

Palestrante, clipe, ladrão e dinheiro.

É possível ganhar dinheiro com um clipe? Afinal, para que serve essa dobradura de arame?

Certa mulher vendeu um hotel que estava falindo e não ganhou nenhum centavo de comissão, pois embora intermediasse o negócio e tirasse o proprietário do sufoco, não lhe fora prometido nada, desobrigando-o de lhe remunerar. Lógico, uma coisa é a ética e a outra, a lei. Vamos ver se existe solução para esse caso?

Na palestra “Criatividade Pós - Ócio”, brinquei com um clipe, dizendo: além de prender papel,  pode ser útil para evitar a inibição de alguém que esteja tímido ao ministrar uma aula ou fazer uma apresentação, bastando, simplesmente a pessoa segurar o objeto durante a tarefa.

Mileto, irmão do pescador Eubúlides, residente e domiciliado na bela, rústica, aprazível e admirável praia alagoana de Pixaim, responsável pelas vendas do peixe do mano, começou a anzolar uma história, que a palestrante Otchuko me fez saber.

--- Telefone ---

 -- To saindo de Pixaim. Como é do teu conhecimento, Gil, sempre que venho aqui, conto uma história de Eubúlides. Acontece que o sujeito construiu uma jangada, indo pescar lá longe, deixando para fazer sala, seu irmão Mileto. Quando soube disso, fiquei um pouco sem graça. Como poderia estar nesse lugar sem ouvir as histórias inimagináveis do meu pescador preferido? Dava tratos à bola, quando Mileto, com cara de boi, falou:

-- Õsuco – ele não sabe dizer Otchuko – e foi falando.

-- Quando eu disse para Zidana (nome da vaca da família), que um clipe serve para acalmar um palestrante ela mugiu (rindo de mim) e, falando que só eu não sabia disso, contou:

Um comerciante levou seu filho à palestra “Criatividade Pós-Ócio”, no Rio de Janeiro, apresentada por Gilberto Landim.  O garotinho ficou Impressionado com a história de que o clipe serviria para se acalmar e dar mais segurança, e ao final do evento pediu-o ao palestrante e guardando-o no bolso do pai, dirigiram-se ao centro da cidade.

Quando estavam na Av. Rio Branco, esquina com Rua do Ouvidor, um trombadinha meteu a mão no bolso do pai, levando o clipe. Numa velocidade de guepardo, o ladrão já estava do outro lado da rua, usando o clipe para prender outros dinheiros, conseguidos com subtrações financeiras de bolsos sem clipe.

Enquanto dava a mão ao filho para atravessar a avenida, um “policial tolerância zero”, com direito a medalha da “Ordem do Clipe”, abordava o pai do menino, devolvendo o pacote de dinheiro preso pelo clipe. Desculpou-se pelo susto causado ao cidadão e à criança e acrescentou: Esses ladrões são tão organizados, que agora estão prendendo o dinheiro com clipe. Pior pra ele e mais fácil para a polícia resgatar o produto do furto. Desculpe moço. Guarde bem seu dinheiro.

O Homem tentou encontrar o policial para explicar que só o clipe era seu, mas ele sumiu feito um raio, provavelmente tentando pegar outro ladrão, pois a área é sinistra.

-- Antes que eu esqueça, posso completar a história do hotel? Valeu!

Sabendo que a compradora era uma pessoa profundamente ética, a vendedora do hotel a procurou e esta exigiu que sua comissão fosse paga, sob pena de desistir do negócio.

Viu como é importante combinar antecipadamente. Quase que a moça perdeu um bom dinheiro. Tem gente que acha que tudo é apenas favor e a remuneração dança, acaba virando história contada por vaca. Por falar em vaca, antes que ela tussa, encerremos a história do clipe.

Chegando à casa feliz da vida, o herói do clipe, foi contar à esposa a inédita história. A jovem mulher cobriu o marido e o filho de sonoros beijos. Com doçura na voz e olhar cheio de amor, agradeceu o convite para o jantar que o marido fizera com o lucro do clipe.

A família estava arrumada e a casa se enchia de gostosas fragrâncias de gente festeira quando o esposo vencedor generosamente falou:

-- Vou também comprar um pirulito para você meu guri

-- Só se for com seu dinheiro, papai. Esse é do meu clipe e o clipe é meu – disse o filhote.

O cartão de crédito evitou um problema diplomático, sendo possível terminar em paz a história: Palestrante, clipe, ladrão e dinheiro.

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Escrito por:
Gilberto Landim

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