domingo, 3 de outubro de 2010

Paradigma Inquebrável

Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira. (Salmo 2:12)


Amigo Leitor. Você conhece algum Paradigma Inquebrável?


“Já vou embora”, foi o conteúdo encontrado no envelope deixado por Panarícia na recepção da Firma.  Maiores detalhes no final deste artigo...


-- Landim, você vai atender Panarícia?


A secretária estava anunciando a chegada de uma jovem desejosa de vender espaço publicitário. E justamente para conhecer mais detalhes de seu produto concordei em recebê-la.


Inicialmente, ligou-me uma consultora com voz alegre e marcou uma visita. No dia seguinte telefonou sua gerente simulando felicidade, para confirmar meu endereço e ratificar a agenda. Afeito a estudar casos que possam servir para ilustrar minhas palestras, optei por dar corda....


No exato dia da visita, a gerente aparentando amabilidade e zelo, tornou a fazer contato, pedindo todos os meus dados outra vez e dizendo que a pessoa que viria ter comigo, fora substituída por outra. Continuei dando corda...


-- Gilberto Landim, eu sou Panarícia. Seu nome foi selecionado por não ter sido encontrado informações a respeito do senhor (quanta mentira). Nossa empresa só trabalha com indicações... (mais lorota) – falou a bela moça, comunicando-se com o prazer de quem acaba de ser empossada em um cargo de direção de estatal, com direito a séqüito. Seu olhar soberbo mergulhou no meu, simulando algum recurso de hipnose para impor submissão. Ela deve ter imaginado uma lacaiada inteiramente à disposição para realizar seus mais fúteis e não poucos desejos, além dos escalafobéticos caprichos.


Depois de uma brilhante explanação. Argumentei com a consultora que minha área de interesse, (treinamento) era a menos importante em seu anuário e eu preferia usar como mídia a Internet.


Ignorando minha concordância, tocou para Copas, sua gerente, pondo-me prontamente em contato com ela. Diante das minhas justificativas, a chefe Rainha, houve por bem, dizer que o fato de eu achar melhor anunciar na Web, constituía uma miopia de marketing.


Mesmo sem eu querer nada com a louça, a Rainha de Copas insistiu em me oferecer palatáveis descontos. Mais um pouco de conversa e eu estaria ganhando dinheiro para anunciar na empresa dessa gente.


Como se eu fosse seu subalterno, determinou que passasse o telefone para sua vendedora vassala. Minha rebeldia nesse caso induziu-me a desligar o aparelho antes de o colocar nas mãos de Panarícia.


A música de Frédéric Chopin,  “Marcha Fúnebre”, seria pobre em suficiência para revelar a tristeza de um palhaço demitido, estampada nos olhos e confirmada por uma angustiante expressão corporal de sofrimento espelhada pela fisionomia da jovem. Um forte abraço dado ao féretro da derrota, “desaformoseou-a”. Agora enfeada, olvidou a gratidão pelos 90 minutos do tempo concedido a ela. Já que não havia agradecido, preferiu sem se despedir, tomar um chá de sumiço, desaparecendo como um animal selvático.


Na década  de setenta, era comum, o vendedor brasileiro se posicionar junto ao cliente, como uma pessoa arrogante. Ela dava as ordens e o frágil comprador se limitava a obedecer, pois ele era dono da panacéia (solução) e estava proporcionando uma rara e indispensável oportunidade e ninguém ousaria por em risco, nenhuma possibilidade de perda.


Conversei com meu amigo Kaeru, empresário que vivenciou esses dias e seu comentário foi de que à época, o Brasil começava sua industrialização. Isso, dava à empresa, muita vantagem sobre o consumidor,  levando-a a tratá-lo com desdém. A jactância era a maior companheira dos homens de negócio.


Eu mesmo, sofri um condicionamento para ser o “régulo (rei mixuruca) da cocada preta”. Sobrevestía-me de benfeitor dos clientes e estranhava a falta de reverência deles. Nenhum me tratava por Sua Alteza, Gilberto Landim, o Tal, O Cara!


Quando fui estudar no Instituto de Administração e Gerência da PUC e tentei contrariar os princípios da matéria que o pHD em Negócios, ministrara, depois de dar bastante trabalho ao Professor, mudei minha forma de trabalhar. O resultado positivo das minhas novas ações me surpreende até hoje. Como tem valor o treinamento! Hoje eu sei (continuo aprendendo) que o melhor dos tratamentos tem que ser dispensado ao cliente. O título de Sua Alteza pertence a ele. Por isso, a obviedade confirma que o cliente continua com razão.


Infelizmente, o mercado é assim. Aparece uma empresa nova em tecnologia. Uma “firmetinha” de inovação e não demora muito, a altivez dos donos passada aos empregados, atinge em cheio os clientes. Estes, fatigados, buscam alternativas às vezes, inferiores e mais caras, porém honrosas e dignas.


Se você fizer do cliente um cigarro, correrá o risco de ele pensar: Hoje você me acende, amanhã eu lhe apago.


A renúncia aos bons modos e costumes é a bactéria portadora do prejuízo,  esposa, do vírus destruidor de fortunas. Chegar quebrando protocolos e paradigmas, empreendendo um show de falta de educação e praticar terrorismos de etiqueta, é o caminho mais curto para suicidar a gestão de negócios.


Panarícia não deixou nenhum material sobre seus produtos. Em sua atabalhoada saída, entregou na recepção um envelope. Ao abri-lo, Surpreendi-me com o conteúdo, uma poesia:


Eu já vou embora!


Eu:
Vendo o que quero,
Ao cliente otário;
Não tem lero-lero,
Trabalho ao contrário:
Meu!


Já:
Enchi o meu saco,
Preciso de grana;
Lidar com macaco,
Você não me engana:
Ta?


Vou:
Contar meia história,
E bem rapidinho;
Usar a memória,
Fisgar o patinho:
Gol!


Embora:
Chegou minha vez,
Com meu esmeril;
Esfolo o imbecil,
Descasco o freguês:
Agora!


É, parece que dessa vez vamos partir para uma remeditação. A ansiedade por destruição de paradigmas, inocenta o psicopata da inovação, beirando o perfil que emporcalha e despreza a experiência dos mais doutos na tão complexa gestão empresarial.


-- Podemos traspassar paradigmas por simples vaidade ou hábito?


-- Você concorda que, se precisar tornar difícil aquilo que é fácil por causa da irresponsável quebra de um paradigma, estará engordando a dificuldade, emagrecendo seu desejo e derretendo sua fé?


-- Você acha que devemos estudar, analisar, e contar com o concurso de pessoas mais entendidas do que nós, antes de modificar aquilo que pretendemos?


-- Devemos nos preparar mais?


Suponhamos que você encha uma taça Venda$ Plu$ de negócios com:


Palestras, seminários, treinamento em:


• Vendas Técnicas
• Varejo
• Serviços
• Telemarketing
• Conduta
• Liderança
• Motivação!


-- Quando você for comerciar algum produto ou serviço, bebendo do sorvo específico dessa taça, de acordo com a necessidade do momento, existirá mais chance de obter sucesso?


-- Se Panarícia e a Rainha de Copas, recebessem um Treinamento Venda$ Plu$, teria intumescido o orgulho, perdendo uma oportunidade de negócio, mantendo as portas fechadas para indicações?


Paradigma Inquebrável


Imagine matemática sem “PI (3,1415...)”,
Você em sucesso inabalável!
Brasil sem Piauí (PI),
Um Paradigma Inquebrável?


Imagine Panarícia treinada,
Que feito memorável;
Em vendas, disparada,
Paradigma Inquebrável.


Imagine seu pessoal ativado,
Seu negócio mais rentável;
Por Venda$ Plu$ preparado,
Num Paradigma Inquebrável!


Imagine Rio, Dubai ou Vaduz,
Seu lucro é inalienável;
Resultados Venda$ Plu$,
Um Paradigma Inquebrável!






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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Emprego para Você!

Sabe o nome do mendigo que mudou a história da humanidade? Enquanto você pensa na resposta, vamos falar de emprego?

Embora o quarto da engenheira Silvia seja o presépio do tarugo do diploma expedido pela Universidade Federal, a garota foi ganhar três notas de 100 reais por mês para trabalhar em uma revenda de telecom.

O vigor da jovem, ainda permitia que esta exibisse um sorriso para seus colegas (homens e mulheres) de equipe. Um vasto anedotário, disfarçava seu sorriso amarelo, ao mesmo tempo em que ocultava suas muitas frustrações. Pensava em trabalhar em uma firma de petróleo, mesmo sem sal, que tal? Até o momento, “neca de catibiriba”! “Em off (reservadamente)”, seus colegas comentavam:

-- E aí vendedores de telefonia? “Salarão eim meu irmão, dérreal por dia!”.

Silvia respondia:

-- Somos mendigos formados e de carteira assinada!

A alegria durava pouco. O chefe chegava cobrando resultados de metas impossíveis, ameaçando detonar quem não as cumprisse.

A dicotomia: Autorizar e Descredenciar empresas para negociar as facilidades de telecomunicações, vulgarizava o “turn-over” (rotatividade de empregados) das micro-firmas, gerando uma instabilidade de deixar perplexo qualquer psiquiatra. Freud não conheceu este problema. Valha-me Jesus!

Os colegas de trabalho (homens e mulheres) de Silvia, se cadastraram em dezenas de sites, e leram os jornais procurando o emprego que o governo garbosamente informa dispor; as parcas economias da família foram gastas em: foto, xerox, condução e lanche. Processos seletivos altamente sacais, humilhantes e traumatizantes; incansáveis entrevistas e ridículas dinâmicas, construíram um grande banco de dados. Todo esse sofrimento não impediu de, à exceção de Silvia, todas estas pessoas estarem com subempregos ou inativas até hoje

Silvia foi contratada por uma empresa de petróleo e está colocando em prática, o que aprendeu na faculdade. O salário dela, mesmo confidencial, ultrapassa 20 notas de 100 reais.  Às vezes chega à casa sorrindo do cansaço do sucesso. Isso é que é felicidade!

-- Quer saber como Silvia conseguiu?

Sei também de outras histórias de sucesso iguais à da Engenheira Silvia. O Administrador ... a Jornalista, a Vendedora, o Técnico ...

Menos de dois meses tem sido a média que as pessoas aguardam para conseguir uma colocação no mercado de trabalho. O segredo está em se inscrever em uma agência importante, que cobre pelo serviço. Ela irá indicar a vaga de acordo com sua experiência

As empresas pagas mais conhecidas são:
Manager e Catho. Todos os testemunhos que chegaram ao meu conhecimento foram da Catho e até que me provem o contrário, é para ela que continuo tirando o chapéu!

E agora, falemos do mendigo que mudou a história da humanidade?

O abandono de uma criança em frente à pequena capela Jean le Rond, em Paris, França, tornou conhecido no mundo inteiro o nome deste templo católico por 2,5 séculos.

Jean le Rond d’Alembert, a criança encontrada, recebeu o mesmo nome da igreja, cujos degraus foram sua primeira cama.  O fato de ter sido criado por uma família pobre, não impediu o menino de ser juntamente com Diderot, no século XIX, responsável pela organização da “Enciclopédie”, a mãe do Iluminismo,  maior enciclopédia do saber que a humanidade tem conhecimento.

Haja espaço para a biografia de d’Alembert! Matemático, físico... A França e o mundo estão divididos em duas fases: antes e depois de d’Alembert. Posso ser sincero? Nunca vi um mendigo fazer tanto sucesso! Imagine você!

O destaque principal na vida do ex-mendigo está no fato de ter estudado e se envolvido com pessoas de destaque. Hoje você talvez ainda não conheça pessoas tão importantes assim. Enquanto isso, faça o seguinte:

1 - Arremesso
Procure uma empresa que lhe arremesse ao seu pretendido patamar;

2 - Inscrição
Cadastre-se em uma “head-hunter” (agência de emprego). Inscreva-se na mais importante de todas;

3 - Resultado Plus

Iluminação no rosto
Olhos esbugalhados
Apetites saciados
Uma vida com gosto

Trabalho agradável
Vida de gente
Emprego decente
Que formidável

Estamos de acordo
Não é megasena
Mas valeu a pena
O Salário gordo

Conseguiu resolver
Brasileiro conquista
Carioca ou Paulista
Emprego para Você!



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Saia do Perrengue

Ninguém fica mais feliz do que um palhaço de férias. Sabe lá o que é passar um mês sem precisar exibir falsos sorrisos e ridículas gargalhadas?

Seva e Sevinha são outras variantes do apelido Sevandija, que certo empregado recebeu do biólogo, dono da pequena empresa, para a qual trabalha.

Além de serviços de limpeza, eletricidade e marcenaria, a ocupação principal de Sevandija, é fazer entrega. Sevandija, vive rindo. Sorri o tempo inteiro e busca nas menores coisas, um modo de dar uma gargalhada. Todos escarnecem dele, quando diz sua frase preferida: Saia do Perrengue.

Ele é o único empregado que nunca pediu vale; recusa mesmo, até o adiantamento quinzenal, forçando o contador a colocar outro input na folha de pagamento para atender esse particular. Quando seus colegas de trabalho se encontram em aperto, quem os supre com gentis e constantes empréstimos sem juros, é Sevandija.

Embora o jovem tenha um excelente humor, quando volta das entregas que faz de bicicleta traz alguns produtos esdrúxulos. Esse é o único momento em que fica sério, precisando brigar com seu chefe. Antes, todos os problemas da vida fossem iguais ao desse moço, pois há cinco anos briga com a gerência e por sempre encontrar uma solução para o impasse, permanece na firma até hoje como um dos melhores colaboradores.

Sevandija, volta já.

Ao mesmo tempo em que o presidente Polvo, dizia quase de forma poética, que estaríamos blindados da crise americana, a Bovespa, registrava um “despencamento” de 7,59 por cento. Como o Brasil sempre foi imbatível em índice, ganhou dobrado de todos os mercados mundiais, ultrapassando as bolsas asiáticas, onde as quedas não atingiam o patamar de 3,5 pontos percentuais.

É, cara; e não adianta você chamar o guru mexicano, Chapolim Colorado; simplesmente estará faltando espaço para armazenar tantos e-mails socorristas, de seus vizinhos americanos. Telefone, você já sabe que é atendido apenas por gente simples. E então, como sair do Perrengue?

Para que você Saia do Perrengue, a primeira coisa a saber, são os detalhes da situação. Sendo você trabalhador, pequeno ou grande empresário, é importante obter informações sobre como andam as coisas e que rumo tomarão. Exemplo:

Crise americana é horrível? Juntemos alguns dados.

Brasil
Quando socorreu o sistema financeiro, nos anos 90, lançava mão de mais de 20 por cento de seu PIB;

México
Na terra do Chapolim, o custo para sair do perrengue, teve a percentagem pontuada em de 20 em relação ao seu PIB;

Coréia
O aporte ultrapassou 30 pontos percentuais sobre seu Produto Interno Bruto;

Estados Unidos
Os 700 bi, de recurso para limpar os ativos pobres (mercado imobiliário, sistema financeiro, poupança) fazem apenas um pouco de cócegas no PIB.

Os entendidos na economia projetam para 60 dias, o prazo para que os americanos identifiquem e avaliem os resultados da crise após o socorro do governo. Cabe a estes mesmos profissionais, a estimativa de dois anos para que os estadunidenses acertem sua economia e conseqüentemente a do mundo.

Nós, brasileiros ou pessoas que moram nessa terra, onde vivem tantos pássaros, precisamos nos preparar. Parar de acreditar em piadistas de velório. De agora em diante sabiá vai ter que sair da palmeira e cantar cantiga diferente.

É o tal negócio, você não pode comparar o salário, os gastos e o modo de vida de um alto funcionário do Banco Sacal com o padrão de vida de Sevandija.

Sevandija havia achado peixe no lixo e estava mais alegre do que palhaço em férias. Fez cara de zangado para chegar à loja, porque certamente teria outra briga com o chefe, que não concordaria em guardar o peixe em decomposição no estabelecimento.

Desse jeito, a vida tem passado: um dia Sevandija encontra galinha, carne, sardinha vencida, ovos chocos. Cata tudo do lixo, come uma parte e vende o restolho. Acha uma delícia a comida azeda. E, para que sua alma doa menos, socorre seus colegas tão pouco afortunados, em algumas emergências financeiras.

Quando li Os Miseráveis, de Victor Hugo, ou Ralé, de Máximo Korki, derramei menos lágrimas do que agora.

Sevandija, significa verme. É um cara altamente gente boa. Está super satisfeito com o presidente Polvo e também se considera revestido de grandiosa blindagem em relação à crise. Como guru da miséria, seu conselho é: Faça o que eu faço e Saia do Perrengue.


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Enigma do Pombo Correio.

Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
(Efésios 5:14)

Depois de ter lido alguns livros de criatividade, a engenheira Silvia percebeu claramente, que este assunto não está apenas ligado a garrafas pet, reciclagem, artesanato, desenho arte e coisas que tais.

O que um pombo correio pode fazer por alguém?

Mundialmente reconhecido por seus comprovados estudos de apoiese (auto-criatividade humana), o biólogo chileno Humberto Maturana, sustenta a firme tese de que a diferença fundamental entre o homem e os animais, reside em sua natureza criativa. O grande mito é supor que do nada surgem soluções fenomenais e a vida é um circo composto de tantos palhaços quanto for a quantidade de habitantes. O problema está contido na assertiva: “Entre o estímulo e a resposta, é do último que você gosta”.

Necessidade, desejo, interesse, atitude, esforço, empenho, estudo, amor e trabalho, compõem, em “grosso modo” o motor gerador de lampejo e idéias. A epistemologia, espécie de liquidificador da gestão do conhecimento, apresenta uma caminhada tão diversa quanto a quantidade de impressões digitais das pessoas. Com exceção das Bananas de Pijamas, onde o personagem B1 dirige-se a B2 perguntando: “você ta pensando no que eu to pensando”, a idéia costuma nascer solitária e, uma vez compartilhada entre grupos criativos, trespassa o imaginário, surgindo não raras vezes uma colossal solução.

Mizu, empresário paulista da área de pintura, tornou-se um colombófilo (criador de pombo correio). Foi uma luta incluir seu irmão Sora, no novo robe. Afinal, gastar tanto tempo estudando essa ave, treiná-la, usar um apito para as refeições e o pior de tudo era a resistência de Mizu em querer se associar aos órgãos estaduais que regem a atividade, sem falar no registro internacional, normalmente feito na Bélgica.

Mizu, detesta os números pelos quais os pombos registrados são conhecidos, preferindo identificar cada um pelo nome. Seus principais carteiros são chamados de Nasdaq, Nyse, Bovespa e Nikkey. Para não perder a amizade de Sora e romper com ele empresarialmente, decidiu construir sozinho em cima do escritório da filial, um “helipombo” (lugar para os pombos pousarem), em uma cidade do interior de São Paulo. Quando seu plano estivesse funcionando, seu irmão entenderia e os dois voltariam a ter cem por cento de tudo compartilhado como sempre foi.

Antes dessa “hecatombinha” das bolsas de valores, Sora teve a idéia de, juntamente com o mano, fazerem um curso para entender sobre Ativos (papéis que são negociados), Colchão Sem Liquidez, Taxa Chilique e uma montoeira de jargões do mercado da volatilidade. Não pretendia emprenhar o crânio com tais informações e sim conhecer gente de posse para divulgar seu trabalho de pintura de edifícios e casas.

-- Silvia, esse é meu irmão Mizu. Ele também é cumbófilo – falou Sora.

-- Cumbófilo? Sério? Porque vocês não usam os pombos carteiros para fechar negócio com esses homens ricos que estão nesse curso. Sabe, nego rico gosta de excentricidade, extravagância. É aquilo, não atendem telefone mais passeiam com o cachorro. Quem sabe, vocês podem inovar com uma espécie de empresa no interior com um espaço para os pombos pousarem, com mensagens de negócios?

Mês passado a firma que a engenheira Silvia trabalha pediu que ela fosse visitar uma fábrica em uma cidade do interior de São Paulo. Recebeu a notícia com o rosto avermelhado de emoção, pois era a chance de conhecer as instalações dos irmãos Mizu e Sora. Sentiu um grande fascínio pela história dos pombos.

-- Gente, quero conhecer o “helipombo”. – Pela Internet já identificava pelo nome os quatro principais pombos da dupla empresária – Cadê o Nikkey? – perguntou Silvia.

-- Foi entregar uma mensagem – respondeu Sora.

Alguns primeiros negócios já estavam sendo feitos com a burguesia paulista e os irmãos estavam faturando com a novidade.

Silvia foi para o hotel sentindo uma certa tristeza. Admirava demais o equilíbrio e a bondade de Mizu. Mas Sora tem um olhar de pombo que entrega carta em qualquer lugar, um jeito de quem ama acima do convencional. Seria tão bom se ele estivesse pensando no que eu to pensando. Se ele casasse comigo eu, em nenhuma hipótese o afastaria do irmão. Vou morar na mesma cidade e seremos felizes.

Enigma do Pombo Correio.
Nikkey estava lindo, pousado na janela do hotel de Silvia. A alvura fofa e belíssima de suas, permitia destacadamente a visualização um envelope rosa, em seu delicado bico.

O coração de Silvia parecia mais agitado do que música metálica dos H.A.V.E.S. Mesmo assim controlou-se esperando a ave entregar a mensagem. Pronto, bateu as asinhas e a jovem abriu o envelope e leu:

-- Silvia. Quem é columbófilo, aprende com os pombos a valorizar o amor. Você promoveu um tremendo entendimento entre eu e Mizu e ainda fez a cortesia de nos visitar. Você ta pensando no que eu to pensando? – Sora, assinou o bilhete.

Despertando de um sonho para saciar-se, realizando uma grande aspiração, a moça pensou na música tocada com trompa “La Leyenda del Beso”. Guardando o envelope antes que molhasse mais com suas lágrimas, apressou-se em ser feliz.

Silvia casa em dezembro,  elucidando o Enigma do Pombo Correio.



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domingo, 26 de setembro de 2010

Caruska – A Empresária sem Teto

 Tomas as nuvens por teu carro e voas nas asas do vento.
(Salmo 104:3)

Duas jovens, acabaram de chegar do Japão, onde se pós-graduaram em TV Digital. Presentemente, entretinham-se, rascunhando um projeto de inovação em conteúdo para HDTV – High Definition Television, televisão de alta definição. Os convites para seus casamentos estavam prontos e a vida lhes era por demais favorável. Completariam a felicidade se pudessem conhecer o pai e era por isso que continuavam lutando.

Caruska, sócia absoluta dela mesma, de um bom restaurante, folgava em ver seus negócios espelharem o próprio sucesso. Residia em um apartamento confortável, mas ainda incompatível com seu gosto. Por isso não estava satisfeita. Tanto é, que meses atrás, pagou à vista, um imóvel em Ipanema.

Nos idos dos anos 90, Caruska, órfã de pai e mãe, trabalhando como cozinheira em uma residência no Rio de Janeiro, nem se dava conta do rumo que sua vida tomaria, após haver consentido nos afagos do filho único da família. Conivente com as carícias que o jovem dispensava à serviçal, a madame demonstrava gostar de Caruska.

Quando certa manhã, Caruska, apresentando sintomas de enjôo, foi submetida a um exame e diagnosticada sua prenhez, a situação mudou. Falando com blandícia (meiguice), sua patroa, ofertou-lhe uma pequena importância em caráter indenizatório (cala-boca), catapultando (arremessando para longe) de seu convívio, a linda, inteligente, alegre e vibrante, Caruska.

A atitude da patroa, fez efeito contrário em Caruska. A gravidez, lhe trouxera pela primeira vez na vida a sensação de família. Não poderia permitir que o vulcão de inoportunas lembranças, desmontasse o já "fragilizado" sentido de sua vida. A concepção de um ser, legitimava a tão desejada família e sua força não tardaria em derreter o sofrimento. A saudade dos indizíveis momentos partilhados com o belo jovem, era obra para o próprio tempo se ocupar com a providencial diluição.

Muito animada e confiante, pela certeza de ter conseguido uma família, partiu para o morro, onde tentaria vegetar, até que a poeira assentasse. A preço bem “modiquinho”, alugou um casebre inacabado, faltando as telhas do quarto.

Somando a merreca da "indenizaçãozinha" recebida de sua patroa, à “cara de pau” e a coragem, decidiu se lançar no comércio de “ponta a cabeça”, comprando uma minúscula birosca. Vislumbrava crescer no mercado, e, para isso, aplicou suas habilidades culinárias, cozinhando e negociando comida a peso. O minúsculo empreendimento, representou o primeiro, dos muitos degraus, que com toda a força e luta alavancou a brilhante carreira de empresária, que jamais deixou de nutrir a certeza de poder transformar suor em grana.

Somente quando suas gêmeas fizeram seis meses, conseguiu juntar dinheiro e então telhar o dormitório da ainda incompleta casa. Antes disso, seu teto era o céu, que abrigava lua, estrelas e nuvens. Naquele lugar, dobrava seus joelhos e pedia ajuda a Jesus e este jamais lha negou.

Durante o tempo sem telhado, contemplava as nuvens e estas, por vezes, pareciam estar sendo conduzidas por um Formidável e Poderoso Piloto. Tinha a impressão que o Piloto descia das nuvens para visitá-la, consolar, alegrar e fortalecer. “Tomas as nuvens por teu carro e voas nas asas do vento. (Salmo 104:3)”

Tendo comprado uma cobertura em Ipanema, ainda na planta, Caruska impôs como exigência, a construção de uma estrutura que tornasse o teto da suíte de casal móvel. Próximo à cama, seria instalado um painel informando o status do tempo. Um botão abriria o teto e o outro acionaria o fechamento. Um sensor se encarregaria de voltar a esconder o céu, caso houvesse queda brusca de temperatura ou começasse a chover. Essa parafernália, visava tão somente, apreciar sem reservas: céu, lua,  estrelas e nuvens, em plena cama.

-- Okasan (mamãe em japonês). Você ta muito elegante e bonita para quem apenas veio trabalhar no restaurante. Essa roupinha Armani, é apenas para visitar a nova residência, ou para ser pedida hoje mesmo em casamento? – brincou Carla, enquanto passava a ligação.

-- Tomara que o esposo seja o papai – gracejou seriamente a outra filha, Veruska.

Ansiosas por conhecer o novo ninho de Caruska, as filhas a puseram no carro e, “pé na tábua”. Logo chegaram.

-- Dona Caruska, eu sou o engenheiro responsável por este edifício. O prédio está pronto, faltando somente testar a estrutura especial do seu apartamento.

Quando acionou o dispositivo para abrir o teto, o céu antes alteroso (altão), generosamente renunciando à sua imensurável lonjura, abaixou-se, permitindo-se contemplar muito de perto. O dia tava meio quentinho e repetia-se o efeito narrado há quatro séculos, por Bill Shakes (William Shakespeare), quando disse em seu XVIII Soneto: “o calor daquele verão teria feito o olho do céu brilhar”. Sua luminescência parecia "tomografar" integralmente a alma de Caruska.

A voz desse engenheiro era inconfundível e abalava a alma de Caruska. Lembrou dos tempos da favela. Algo que nunca aparentava incomodá-la, agora a perturbara grandemente, tirando do chão seus pés. Todas as emoções bravamente armazenadas e contidas, agora eclodiam. Uma imensa debilidade alcançava-a e irrompeu em um incontrolável choro. Como pôde viver todos esses anos sem a presença de Alexandre em sua vida.

Esquecendo e ignorando a presença das filhas e do engenheiro, olhou outra vez para uma alvíssima nuvem, que navegava naquele céu fantástico e clamou:

-- Jesus Glorioso, perdoe-me. Tenho um desejo que se o Senhor não atender, terei que continuar estampando em meu rosto, a mais falsa das alegrias. Meu Grandíssimo Deus,  caso Alexandre, ainda esteja disponível, traga-o de volta pra mim. – gritou desesperadamente Caruska.

Súbito, daquela nuvem, desceu imensa sensação de consolo. Os pés voltaram a se firmar no chão. Sentindo a mesma paz da época do barraco, parou de chorar.

O engenheiro disse:

-- Eu e meus pais estamos desde aquele dia, tentando desesperadamente localizá-la. Todos de casa sofremos até hoje, com a sua falta. Mamãe, nunca mais teve um dia alegre, desde que por um gravíssimo erro, admitido por ela própria, lhe despediu. Eu nunca tive ninguém. Canalizei meus sentimentos de amor em estudo e tornei-me dono de uma construtora de médio porte. E acentuou:

-- Sempre estive disponível para você, minha amada. Você perdoa minha mãe?

Silêncio. A nuvem fincava o olho no casal. Incontáveis beijos, venciam as lágrimas e seus rostos fogueados cintilavam, com tanto sentimento. O próprio céu, testemunhava um amor "desapercebidamente" vivido, porém agora mais gratinado e por conseqüência, muito mais saboroso para se curtir.

Caruska, com doce voz, respondeu à desnecessária, -- mas deliciosa de se ouvir --  pergunta do amado:

-- Xandi. Você pode lembrar, quando algum pedido seu, foi negado por Caruska?

As garotas chorando, beijando e abraçando, amassaram a roupa de Alexandre. Trincando qualquer previsibilidade, suas bocas, unidas em um dueto, verbalizavam sentimentos da própria infância, emitindo um único som:

-- Papai.

-- Xandi. Essa tua geringonça, não está funcionando direito, pois foi acionada sem chuva nenhuma. – brincou segura, revigorada e feliz, Caruska.

-- Querida, parece que as lágrimas haviam ativado o sensor que começava a fechar a abóbada. Mas não é nada que eu não consiga resolver. – disse o engenheiro, dessa vez, envaidecendo-se de sua capacidade.

-- Gente. Pouco importa que o sensor seja ativado com chuva, lágrima ou cuspe. Afinal, quem ainda terá motivos para chorar? Alguém dessa família, joga saliva no chão? – e continuou a filha Veruska:

-- Quem ta chorando de fome, é meu estômago. Vamos almoçar? – ensaiando um pouco de comicidade, a jovem, extraía gostosos sorrisos de todos e solucionava o conflito diplomático entre seus pais.

E, como quem fecha uma cortina, a abóbada do dormitório, enquanto encobria o céu, despedia a família, marcando o início à nova fase da história de:

Caruska – A empresária Sem Teto.


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Abacaxi com Casca?

 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento. (Daniel 12:3)

Lôbrego, demasiado preguiçoso e avesso ao trabalho, optara por ser enterrado vivo. Uma multidão aterrorizada, acompanhava o esquife (caixão), quando uma bondosa senhora, muito penalizada com o desânimo do rapaz, aproximando-se, perguntou ao futuro defunto:

-- Aceita  uma caixa de abacaxi?

Antes da resposta de Lôbrego, posso falar da história de Vitório? Obrigado!

Vitório, teve seus serviços dispensados por uma grande montadora de automóveis de São Paulo e resolveu tentar a vida no Rio de Janeiro. Embora tenha feito uma grosa de dinâmicas de grupo, precedidas de quantidade ainda maior de entrevistas e testes, nenhuma empresa decidiu contar com sua tão grande experiência.

Antes de sua indenização acabar, contratou uma bisbilhoteira para passar uma semana nas feiras livres e descobrir alguns segredos comerciais.

-- Seu Vitório, disse dona Bilha. A missão que o senhor me deu é um grande abacaxi. Nessa época é a fruta que mais encalha, não entendi porque todo o mundo quer vendê-la, se não tem quem compre. Os preços variam mais de 50%, de uma extremidade à outra da feira.

Enquanto Vitório, decide sobre seus negócios, voltemos a Lôbrego. Quando a senhora da terceira idade perguntou se aceitava a caixa de abacaxi como ajuda, para evitar o sepultamento prematuro do jovem agoureiro, ele levantando-se do caixão perguntou:
-- O abacaxi é com ou sem casca?

Como a boa mulher, respondeu estar propondo doar a fruta com casca, lugubremente, o belo rapaz, deitou-se no féretro sentenciando:
-- Segue o enterro.

-- Seu Vitório, que surpresa. Como seu abacaxi tem saída. É o mais caro da feira. Por que será que o senhor vende tanto?

-- Dona Bilha. Que prazer. Obrigado pela história do Lôbrego. Com ela, aprendi que o ser humano prefere a zona de conforto.

-- Depois que eu me transformar no melhor e maior feirante do Rio de Janeiro, estou pensando em montar uma loja de autopeças. Assim terei duas boas recordações profissionais: Montadora e Feira. Gostou?

Semana que vem estarei descascando abóbora. Já mandei imprimir um calendário, com o logotipo da firma para colocar dentro de cada sacola, com os produtos que eu vender. Estarei sempre trazendo algo que chame a atenção do cliente, fazendo sobressair todas as vantagens que ofereço a quem prefere comprar comigo.

Tem um ex-colega de São Bernardo, também demitido pela fábrica de carro, que tem uma moto. Estou costurando com ele, uma parceria para viabilizar um sistema de entrega que pretendo implantar aqui na feira.

Ainda tiro outro ensinamento do finado Lôbrego. Ninguém quer nada com a louça.

-- Seu Vitório. Não me enrole. Não respondeu por que todo mundo prefere seu abacaxi, apesar de ser o mais caro.

-- Dona Bilha, a senhora precisa ficar esperta. Ainda não percebeu que os fregueses compram na minha barraca porque eu mesmo descasco o abacaxi? – falou Vitório. E concluiu dizendo:

-- E você acha que alguém gosta de comprar Abacaxi com Casca?


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Mendigo 5 Estrelas

 Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.
(Provérbios 24:10)

A árvore de ofuscantes folhas verdes, recusando-se ser fritada pelo sol desse início de outono, olhava o capim marrom. Esforçando-se para erguer a auto-estima do amigo vegetal, optou por elogiar seu diferente aspecto caramelado.

O vento da praia de Botafogo, farfalhou gentilmente os galhos da forte árvore. Agora suas delicadas flores rosas, remoldavam o chão com traços e cores especiais. Alegria,  vigor e paz, refletiam a metamorfose do novo cenário. Agradecida, a grama retribuía às flores, os perfumados beijos recebidos.

Inês, afamada empresária da indústria da moda, passando de carro pelo local, fizera questão de memorizar o inesquecível quadro, antes que a tarde abrisse os braços para, fundindo-se, ceder lugar à enluarada e suave noite carioca, que se aproximava.

Quando chegou a Copacabana, Inês viu em frente ao seu hotel, um carente dormindo em um banco de rua. Amiserada com o sofrimento de tão depauperado ser humano, decidiu conversar com ele, para tentar ajudá-lo.

Um arranca-rabo havido entre o alfaiate Icabode, e a esposa, por causa de futebol, (não era o milésimo gol do Romário) imagine, motivou-o a abandonar casa e trabalho, desincluindo-se da vida normal, para vegetar na rua.

Perguntado sobre seu maior desejo, o mendigo não teve dúvida e respondeu que gostaria de passar uma noite, justamente no hotel da jovem.

Inês, fez mais do que sua vontade, oferecendo pagar uma semana de hospedagem, obtendo total aprovação do pobre, que se excedeu em agradecimentos, por este nobre e humano gesto.

Dois dias depois, a empresária foi até os aposentos do mendigo Icabode, mas infelizmente ele já havia deixado o hotel.

Inês, trabalhava como empregada doméstica, para uma família de classe média e interessou-se por Glênio, filho da patroa. Tratava-se de um saradão, muito preguiçoso, de rara inteligência e com formação superior em exatas.

Ancorado na mesada da família e sem gastar xongas, o carinha poupou dinheiro, mesmo sem trabalhar. Residindo com os pais, mantinha no banco, uma razoável aplicação financeira.

Inês, sentira um viscoso sentimento por Glênio, extrapolando os limites da normalidade. Perto dele, seu sangue fervia, acelerando o ritmo cardíaco. Estremecia só de imaginar-se louca de amor pelo guri. Os olhos, o andar, a voz e até a preguiça. Tudo no rapaz despertava em Inês, um interesse irresistível. Não! Não podia enlouquecer, sem que antes fizesse dele seu marido.

Detalhe: o cara não tava nem aí para ela. Inês, em um lampejo, teceu o resplandecente plano S.A.Í.D.A. para os problemas:

Sondagens
Sendo de classe social menos prestigiada, como evitar que a família implicasse com a relação Glin (Glênio x Inês)?

Atenção
Como ser notada por um garoto de comportamento tão deliciosamente amorfo?

Interesse
Que atitude tomar para despertar o Interesse do bonitão?

Desejo
Quais as ações fariam o menino desejar estar ao lado dela?

Ação
Como conquistar o bacana?

Enquanto preparava o lanche da tarde da família, escutara pela enésima vez o desabafo de dona Aída, mãe do Glênio:
-- Não sei como inclinar esse menino a ter uma ocupação. Ele agora é matemático, sabe inglês e informática. Haveria algum trabalho onde ele pudesse atuar, tornando-se produtivo e feliz?

-- Ih! mãe, até aí Inês é morta, disse o gênio, ou melhor, Glênio. Sabia que a garota tinha interesse nele, e vez por outra a provocava com alguns humilhantes gracejos. O caráter de sua mãe, não permitia que essas coisas passassem em branco, sem ralhar seriamente com o acomodado e rabugento filho.

Sem cessar, Inês, estava em busca de alguma formação gratuita. Mostrava o certificado de conclusão de cada curso pra família, sempre na frente do Glênio, tentando colocar em prática o plano, S.A.Í.D.A.

-- Glênio. Acabei de me formar em Corte e Costura. Eu sempre tive dom para esse ofício. Tirei primeiro lugar e meu professor disse que tenho capacidade para montar uma confecção ou um ateliê. Foi quando imaginei. Você tem muito estudo. Podemos montar o negócio. Eu trabalho e você fica com a gestão financeira. – falou persuasivamente Inês.

-- Perdi minha empregada -- suspirou sorrindo em ação de graças, dona Aída!

A família toda estava levantada. Inês sentara-se ao lado do Glênio para discutir o Plano de Negócios. A proximidade do mocetão a perturbava. A indiferença dele, a enchia ainda mais de força. Sentiu-se mais calma, lembrando de um provérbio persa que diz: “Vá, acorda tua felicidade”. Beleza! Ta sentido e detectado: o futuro é meu, aliás, dele também...

Quinze anos se passaram. A indústria, antes, de fundo de quintal, transformou-se em um grande empreendimento, que exporta para vários países com dólar em queda ou em alta. Apagão aéreo, taxa chilique, reunião do copão (se beber não dirija), rabisco Brasil e outros índices de volatilidades mil, são inócuos na influência da acentuada prosperidade  da empresa.

Tudo é altamente impregnado de uma imensa gana por resultados em qualidade e negócios de um modo geral. Inês, (que agora é viva), é uma perfeccionista. E Glênio, sendo o amor de Inês, aonde a vaca vai, o boi logicamente vai atrás.

-- Tem alguma notícia de Icabode, o carente, que você hospedou no hotel? – perguntou Glênio à esposa plus.

E foram até o banco tentar encontrar o pobre. Perguntaram porque deixou o hotel em dois dias, quando estava com todas as despesas pagas por uma semana, tendo como resposta:

-- Morando na rua, meu sonho era passar uma noite naquele hotel. Quando estive lá, fui assolado por um pesadelo que não me deixou dormir, desesperado com a idéia de voltar para cá.

Inês, lembrou de uma citação de Arthur Bispo.do Rosário: “No osso da fala dos loucos tem lírios”. Instantaneamente, lágrimas visitaram seus lindos olhos. Seu marido passeava à noite com ela. Enquanto cheirava e acariciava seus esvoaçantes e sedosos cabelos pretos, disse:

-- Inês: não é qualquer pessoa que tem iniciativa, para superar obstáculos como você. Venceu todo o preconceito lá de casa, tornando-se a mais querida e mais importante da família.

E enxugando as lágrimas da doce esposa, continuou:

-- Se você não entrasse em minha vida, permaneceria até hoje, guardando dinheiro e morando com meus pais. Estaria rebaixado à categoria de verme, amigo do egoísmo e parceiro da avareza.

-- Inês, meu grande amor! Parabéns pelo slogan que você colocou em nossa empresa: “Vá, acorda tua felicidade”. Diariamente, agradeço a Jesus, por você ter acordado a nossa.

Icabode chefiava uma divisão da indústria. As metas foram ultrapassadas e a empresa resolveu lhe dar um bônus, no feriadão: hospedagem com despesas incluídas, naquele hotel de Copa. Dessa vez, com direito à companhia da esposa.

Da janela do hotel, examinando o céu e o mar, contemplava o mimoso rosto de misse de sua mulher, quando a reflexão foi interrompida pela voz da amada:

-- Bode, que vista linda!

-- Só perde para você, querida.!

Daniela se deixou beijar, quem diria, hein? Por aquele que um dia foi: Mendigo 5 Estrelas.


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